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Edição 2018
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Categoria:
Projetos de Desenvolvimento Sustentável na Região Amazônica - PDS
Trabalho:
Hortaliças da Amazônia: da valorização da agricultura familiar à inovação tecnológica para conquista de novos mercados
Autor:
Alessandra Santos Lopes
Resumo do trabalho:
A agricultura familiar na Amazônia carece do repasse de conhecimento e incentivo tecnológico para a geração de produtos de maior valor agregado, e mais do que nunca necessita ser valorizada. O objetivo deste projeto é contribuir para o desenvolvimento econômico e sustentável da agricultura familiar de hortaliças, como a alfavaca, cipó-d’alho, chicória e jambu, por meio da produção de ingredientes alimentícios inovadores para o mercado nacional e internacional. Essas hortaliças são produzidas por pequenos produtores rurais e comercializadas in natura e com baixo retorno financeiro para atravessadores ou comerciantes varejistas. A adoção de tecnologias de baixo custo para produção de hortaliças amazônicas desidratadas, a obtenção do selo da agricultura familiar e, para alguns produtores, o selo de produto orgânico irá valorizar a agricultura familiar de hortaliças amazônicas. A primeira etapa deste projeto consiste em montar um banco de dados dos produtores, analisar por métodos químicos, os principais compostos bioativos presentes nas hortaliças de cada produtor rural, estudar o processo de secagem das hortaliças em secador elétrico e solar e gerar produtos que mantenham ao máximo o aroma original, maiores teores de compostos bioativos e estabilidade durante o transporte, armazenamento e comercialização. Na segunda etapa será realizada a integração dos produtores com representantes do ministério do desenvolvimento agrário (mda) para obtenção do selo da agricultura familiar, que envolve valores de sustentabilidade, responsabilidade social, valorização da cultura local e valorização da produção regional, o que gera trabalho, renda e, consequentemente, desenvolvimento local sustentável.
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Categoria:
Projetos de Desenvolvimento Sustentável na Região Amazônica - PDS
Trabalho:
Frutos amazônicos como estratégia de inovação, sustentabilidade e melhoria na qualidade de vida.
Autor:
Francisca das Chagas do Amaral
Coautor:
Jaime Paiva Lopes Aguiar
Resumo do trabalho:
A presente proposta tem por objetivo estudar o potencial biotecnológico e o papel dos frutos amazônicos com relevante valor econômico, nutricional e na prevenção de doenças crônicas não transmissíveis, como doenças metabólicas (dislipidemias e diabetes) e obesidade. Dentre as espécies com potencial econômico tecnológico, nutricional e funcional integrantes da proposta, destacam-se a pupunha, açaí, Camu-Camu e o Cubiu. Todo são frutos nativos, tipicamente amazônicos e de singularidade ímpar em relação às características nutricionais. Nesse contexto, o processamento desses frutos in natura e na forma de farinha como matéria-prima para a elaboração de produtos nutritivos destinados à alimentação da população amazonense, constitui-se o objetivo tecnológico do presente estudo. Vale ressaltar que as farinhas poderão gerar importantes oportunidades econômicas para o pequeno e médio produtor. Soma-se, ainda, a vantagem da introdução no mercado de um produto nutritivo de caráter inteiramente regional, além de valorizar os recursos frutíferos da região. Dessa forma, espera-se: 1) aprimorar tecnologias na obtenção de produtos oriundos do açaí e pupunha com potencial de mercado e merenda escolar, avaliar os constituintes nutricionais, funcionais, microbiológicos, sensoriais e vida de prateleira das farinhas, produtos de panificação e cereais matinais; 2) avaliar os efeitos fisiológicos dos frutos em pó de Cubiu e Camu-Camu encapsulados, utilizando indicadores, como o índice glicêmico e a ação hipocolesterolêmica em humanos; 3) avaliar a ação antioxidantes de pupunha, açaí, Camu-Camu e Cubiu; e 4) socializar as informações.
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Categoria:
Projetos de Desenvolvimento Sustentável na Região Amazônica - PDS
Trabalho:
Seixo de Plástico
Autor:
Marcos Antonio Costa de Sousa
Resumo do trabalho:
O seixo plástico é um projeto inovador que consiste basicamente na transformação do plástico em agregado graúdo, ou seja, o plástico que tanto gera transtorno a sociedade quando descartado de maneira irregular é retirado do meio ambiente, tratado, processado (de maneira também inovadora), até ser transformado em agregado graúdo, formando o seixo plástico. Este seixo é tão versátil quanto o convencional, pois pode ser utilizado para customizar tijolos, blocos estruturais, bloquetes, concretos, calçamentos, vigas, pilares, enchimentos de lajes pré-moldadas, entre outras aplicações dentro da cadeia produtiva da indústria da construção civil. O grande diferencial deste produto é o peso (inferior ao seixo convencional) e resistência (igual ou superior ao convencional), ou seja, o seixo plástico é um produto socioambiental extremamente viável do ponto de vista técnico e socioeconômico e que está sendo desenvolvido na região amazônica.
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Categoria:
Iniciativa de Desenvolvimento Local - IDL
Trabalho:
Modelagem 3D, prototipagem e fundição em cera perdida na produção de joias com a biodiversidade do estado do Pará
Autor:
Mauricio Darcy Favacho
Resumo do trabalho:
Este projeto aborda a importância da inserção das tecnologias industriais de produção de joias, modelagem 3d, prototipagem rápida e fundição "em cera perdida" na cadeia produtiva de gemas, joias e metais preciosos do estado do Pará como fator de aumento de sua competitividade na produção de joias com elementos de sua biodiversidade, porém, de maior valor agregado em comparação às produzidas artesanalmente no estado. As vantagens do uso destas tecnologias industriais no processo produtivo de joias são o melhor acabamento, repetitividade das peças (produção em série), maior velocidade de produção, redução do tempo de entrega do produto final ao cliente e, consequentemente, maior contribuição do estado do Pará nas estatísticas estaduais de exportação de produtos de joalherias. O estado do Pará, apesar de possuir a maior reserva de ouro do brasil, não consegue verticalizar 1% desta matéria-prima em joias, que, por sua vez, é o principal produto da cadeia produtiva do ouro. Suas políticas públicas em gemas e joias, como o "programa polo joalheiro do para" e o "programa Pará 2030" de sua secretaria de estado de desenvolvimento, mineração e energia (SEDEME), apenas vislumbram a produção artesanal de joias, um modelo de produção que vem ficando obsoleto devido a inserção destas tecnologias. Portanto, a verticalização industrial da cadeia produtiva de gemas (pedras preciosas), metais preciosos e joias do estado do Pará se faz necessário, e este projeto pode contribuir de maneira sistemática para que ela ocorra de modo consciente e sustentável.
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Categoria:
Iniciativa ao Desenvolvimento Local - IDL
Trabalho:
Chinelo de Encauchados: um produto orgânico, socioeconomicamente correto, dos seringueiros extrativos da Amazônia.
Autor:
Francisco Samonek
Resumo do trabalho:
A presente proposta objetiva reativar e manejar, com a participação dos extrativistas, os seringais nativos da amazônia, por meio de um empreendimento econômico coletivo inovador e com práticas sustentáveis. Tendo como viés a sustentabilidade, o projeto agrega, de forma convergente, políticas públicas existentes, porém dispersas, e adota boas práticas de produção, com processos simplificados e inovadores, fazendo a transição do extrativismo convencional/agronegócio para um extrativismo sustentável, orgânico/agricultura familiar. O poloprobio qualifica e certifica profissionalmente, implanta as unidades familiares de produção controlada e capacita os extrativistas para fazerem, de forma participativa, a avaliação da conformidade orgânica. O produto resultante deste novo processo de fabricação de borracha é um cernambi virgem a granel diferenciado, onde o poloprobio desenvolveu e introduziu avanços tecnológicos que permitem a eliminação da onerosa e poluentes da usina de geb. A coopereco faz a parte da econômica do empreendimento, fabricando calçados e compostos em uma inovadora forma de produção, a partir do uso direto da borracha do seringal misturada com fibras residuais do processamento do açaí e aditivos naturais, em substituição aos derivados de petróleo. O extrativista, ao se profissionalizar, torna-se um microempreendedor, dono de seu empreendimento, administrando a sua unidade de produção, fabricando uma borracha diferenciada e com melhor qualidade, sem prejuízo das demais atividades da agricultura familiar e em consonância com o meio ambiente. Esta é a identidade seringueira que o projeto resgata, preserva e aperfeiçoa, com a integral adesão dos extrativistas, promovendo, desta forma, a inclusão sócioambiental, produtiva e econômica.
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Categoria:
Iniciativa de Desenvolvimento Local - IDL
Trabalho:
Unidade Solar Fotovoltaica para Beneficiamento de Mandioca e Produção de Farinha
Autor:
André Oliveira Queiroz
Coautor:
Alaan Ubaiara Brito
Resumo do trabalho:
Na região amazônica brasileira existem diversas comunidades rurais que ainda praticam agricultura de subsistência e tem sua fonte de renda baseada no beneficiamento de produtos da floresta. Nessas comunidades é comum a falta de atendimento energético convencional, assim como de equipamentos agrícolas elétricos para realização destas atividades. Por outro lado, estes locais apresentam satisfatória média de radiação solar anual (5 horas de sol pico) e, portanto, o uso da energia solar demonstra ser uma solução viável para atender essa necessidade. Dentro desse contexto, o projeto apresenta a proposta de uma unidade solar fotovoltaica para beneficiamento de mandioca e produção de farinha. A unidade será formada por meio da integração de um sistema fotovoltaico de bombeamento de água e um equipamento agrícola destinado ao beneficiamento da mandioca. A inovação da proposta encontra-se no uso compartilhado do gerador fotovoltaico, o qual servirá para bombeamento de água e para o funcionamento da carga a ser utilizada para beneficiamento da mandioca. A unidade de beneficiamento será do tipo “conexão direta”, ou seja, não fará uso de banco de baterias proporcionando, assim, maior confiabilidade da aplicação. Outra característica importante é que será utilizado como dispositivo de condicionamento de potência o conversor de frequência, que é um dispositivo utilizado na indústria para controle de velocidade de motores de indução. Espera-se com o resultado, o desenvolvimento de uma forma inovadora para aprimorar o beneficiamento de produtos da floresta Amazônia em áreas remotas que não dispõem de atendimento energético convencional.
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Categoria:
Empresa na Amazônia
Trabalho:
Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (CAMTA)
Resumo do trabalho:
A Cooperativa Agrícola Mista de Tomé-Açu (CAMTA)tem 87 anos de história. Fundada por imigrantes japoneses, é voltada para a fabricação de polpas e sucos de frutas tropicais. Sua capacidade de produção gira em torno de seis mil toneladas por ano. A sede da fábrica fica na região nordeste do Pará, na cidade de Tomé-Açu, distante 220km da capital Belém, atuando em diversos estados do brasil, além de exportar para Alemanha e estados unidos. A CAMTA, com a prática do “bomplantio”, conscientiza os agricultores da cooperativa para evitarem o desmatamento de novas áreas na floresta, contribuindo para a manutenção dos agricultores familiares e a melhoria sucessiva na condição de vida.
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Categoria:
Micro Empreendimento na Amazônia (URBANO)
Trabalho:
Creuzimar Santos Silva
Autor:
Banco da Amazônia
Resumo do trabalho:
Tudo iniciou quando, no momento mais difícil de sua vida, dona Creuzimar teve a ideia de começar a vender confecções como sacoleira na cidade de Codó no estado do maranhão, com o propósito de sustentar e melhorar a vida de seus familiares. No início as vendas eram realizadas porta a porta, ela comprava as mercadorias por meio de promissórias e antes de finalizar o estoque ela efetuava o pagamento, vivendo de lucros mínimos, mas que faziam toda a diferença na vida complicada que ela vivia com sua família. A principal motivação foi quando conseguiu vender o terreno onde morava e mudou-se para a cidade de marabá, no estado do Pará, em busca de novas conquistas. Na nova cidade comprou um terreno barato em um dos núcleos urbanos, onde morou por muitos anos e ainda permanece com as instalações de sua loja nesse mesmo local. Com a venda do terreno na cidade de Codó (MA), ela também pôde montar seu miniempreendimento. No ano de 2009, dona Creuzimar conseguiu melhorar consideravelmente o padrão de sua loja.
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Categoria:
Micro Empreendimento na Amazônia (RURAL)
Trabalho:
Maria de Fátima da Conceição Andrade
Autor:
Banco da Amazônia
Resumo do trabalho:
A senhora Maria de Fátima da Conceição Andrade iniciou na atividade de olericultura (horta) no ano de 2008. A cliente, juntamente com seu esposo, viu a necessidade de criar seus filhos e dar a eles uma vida melhor. Assim, começaram aos poucos a desenvolver a atividade. No início sentiram dificuldades no manejo, pois não possuíam experiência neste setor. Com o decorrer do tempo, procuraram orientação e capacitação nas artes para conseguir desenvolver melhor a atividade. Maria de Fátima da Conceição Andrade trabalha produzindo hortaliças, como cebolinha, coentro, couve, alface e pimentinha doce, e também com criação de galinha e fruticultura, como abacaxi e maracujá.
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Categoria:
Personalidade Dedicada ao Desenvolvimento Sustentável da Região Amazônica
Homenagem:
Adnan Demachki
Resumo do trabalho:
Adnan Demachki recebeu inúmeros reconhecimentos, sendo eleito por três vezes pelo Sebrae como prefeito empreendedor do Pará. Recebeu por oito anos consecutivos o prêmio nacional gestor eficiente da merenda escolar. Recebeu em 2011, das mãos da ministra do meio ambiente, o prêmio chico mendes de meio ambiente, em reconhecimento pelo projeto “Paragominas município verde”, desenvolvido na cidade e replicado para todo o estado do Pará e muitos municípios do mato grosso, Rondônia e amazonas. O projeto município verde foi incluso como um dos cem melhores projetos realizado pelo instituto ethos. No final de seus mandatos como prefeito, Adnan Demachki recebeu da fundação abrinq o prêmio prefeito amigo da criança, na versão estadual e um dos destaques nacionais, em reconhecimento ao trabalho que desenvolveu em Paragominas pela infância e adolescência. Exerceu o cargo de secretário de estado de desenvolvimento econômico, mineração e energia. Dentre tantas outras ações, concebeu o programa para 2030, que é o planejamento sustentável da economia paraense para os próximos 15 anos.
Edição 2017
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Categoria:
Projetos de Desenvolvimento Sustentável na Região Amazônica
Trabalho:
Valoração Ambiental de Imóveis Rurais da Amazônia, Acesso a Crédito Rural e Capitalização do Produtor
Autor:
Antônio Cordeiro de Santana
Resumo do trabalho:
Resumo do Trabalho: O projeto apresenta uma contribuição inovadora para o desenvolvimento rural sustentável da Amazônia. O fundamento está na consolidação de uma metodologia de valoração de ativos naturais, já validada cientificamente pela difusão em diversas publicações em periódicos nacionais e internacionais e aplicação prática para atender aos objetivos de indenização de vegetação das áreas de mineração exploradas pela VALE. Os resultados do projeto complementam as pesquisas desenvolvidas ao longo de mais de 20 anos sobre cadeias produtivas, mercados, competitividade empresarial, desenvolvimento regional e valoração de ativos naturais na Amazônia. Atualmente, a contribuição dos resultados do projeto tem uma oportunidade fundamental para viabilizar a capitalização dos agricultores familiares e dos extrativistas, considerados como os grupos que ainda operam à margem do mercado, por meio do acesso ao crédito para recuperar e/ou restaurar as áreas de vegetação nativa, de reserva legal e de preservação permanente dos imóveis rurais da Amazônia, conforme Cadastro Ambiental Rural. Para isto, o projeto estima o valor econômico total desses ativos naturais, que devem ser incorporado ao valor da terra e, como capital natural, deve ser aceito pelos bancos como aval para permitir o acesso ao credito por parte dos empreendedores rurais. Com isto, torna-se possível utilizar a tecnologia já disponibilizada por meio de um software livre para identificar o conjunto de espécies da floresta amazônica com aptidão econômica, social e ecológica para compor os sistemas agroflorestais dos projetos a serem implantados.
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Categoria:
Projetos de Desenvolvimento Sustentável na Região Amazônica
Trabalho:
Leveduras isoladas na fermentação de cacau na Amazônia: da qualidade do chocolate à produção de cervejas
Autor:
Alessandra Santos Lopes
Resumo do trabalho:
A Amazônia é reconhecida por sua biodiversidade, no entanto apenas uma fração desta é conhecida e ainda muito pouco se conhece de sua microbiota. O cacau é uma cultura importante para a Amazônia, pois a partir de suas sementes é obtido um dos alimentos mais conhecidos e apreciados no mundo: o chocolate. O estado do Pará possui uma cadeia produtiva competitiva, principalmente quando se considera que o cacau é originário da região amazônica. Esta cadeia produtiva envolve o trabalho de muitas famílias do interior do estado e é fundamental para o desenvolvimento de diversas localidades no estado do Pará, no entanto existe um problema recorrente que atinge os produtores rurais: heterogeneidade da qualidade das amêndoas, mesmo usando as técnicas de fermentação recomendadas para a obtenção de amêndoas tipo I Superior. Esse problema ocorre quando os microorganismos fermentativos, especialmente as leveduras, não conseguem se adaptar ao meio e realizar a fermentação de forma esperada. Nessas situações, outros micro-organismos, como os fungos filamentosos, sobressaem-se às leveduras, o que causa muitas vezes a perda de todo o lote de fermentação ou a baixa qualidade das amêndoas fermentadas. Este projeto tem como objetivo avaliar a fermentação conduzida com inóculos de leveduras amazônicas para garantir a qualidade superior das amêndoas fermentadas de cacau, contribuir para a verticalização da produção no Pará, bem como no desenvolvimento de cervejas com leveduras oriundas da Amazônia brasileira. Senhor Fábio Contente, que neste ato representa a Senhora Alessandra Santos Lopes do Estado do Pará
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Categoria:
Iniciativa de Desenvolvimento Local (IDL)
Trabalho:
Conserva de Peixes da Amazônia - Jaraqui, Matrinxã, Tambaqui e Pirarucu
Autor:
Jaqueline de Araujo Bezerra
Coautor:
Renilto Frota Correa
Resumo do trabalho:
Os principais fatores que favorecem a produção de peixes na Amazônia são: clima favorável, recursos hídricos, ocorrência de vales interiores, existência de espécies nobres com excelente desempenho quando cultivadas e uma atividade sustentável que preserva a biodiversidade vegetal. Segundo dados da Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca (SEAP), o mercado pesqueiro mundial movimenta US$ 92 bilhões e responde por 16% da oferta mundial de proteína animal. A Amazônia produz cerca de 200 mil toneladas de pescado ao ano, responsável por aproximadamente 20% do total nacional. A renda anual bruta com a atividade gira em torno de R$ 470 milhões. Esses números podem aumentar se houver investimentos em melhoria da frota, infraestrutura de beneficiamento, armazenamento e incentivo ao mercado consumidor. A média do consumo de pescado brasileiro é de 6,8 kg/habitantes/ano. Na Amazônia consome-se cerca de 50 kg/habitantes/ano, constituindo principal fonte de proteínas para as populações humanas residentes. Estimativas indicam que o potencial pesqueiro da região gira entre 270 e 920 mil toneladas ao ano. Os negócios no setor podem gerar 600 mil empregos diretos e indiretamente, além de uma renda de US$ 200 milhões anuais. Com a visão focada nos novos parâmetros para o agronegócio e a bioeconomia, o objetivo deste projeto é produzir e fornecer um produto rico em proteína de qualidade aproveitando as potencialidades da Região Amazônica, que atendam ao mercado popular e de exportação, evitando o desperdício dos peixes a partir da tecnologia de conservação gerando produto competitivo de alto valor agregado.
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Categoria:
Iniciativa de Desenvolvimento Local (IDL)
Trabalho:
: Aquaponia: Proposta inovadora para produção sustentável de alimento livre de agrotóxico em escala comercial.
Autor:
Otilene dos Anjos Santos
Coautor:
Scott Craig Daniel
Resumo do trabalho:
O uso excessivo de pesticidas e de fertilizantes tem agravado a contaminação dos mananciais e a escassez de água vem afetando todas as regiões do país. Nesse cenário, tornou-se imprescindível a busca por técnicas agrícolas inovadoras que atendam a demanda crescente por alimento saudável produzido de forma sustentável. Desta forma, a aquaponia desponta como uma alternativa viável para a construção de um novo paradigma para a agricultura. Esse sistema consiste da integração das técnicas de aquacultura e hidroponia dentro de um sistema fechado de recirculação de água. Com o uso da aquaponia é possível chegar a redução no consumo de água em até 90%, se comparada aos sistemas convencionais, além de promover o reaproveitamento integral do efluente gerado dentro do próprio sistema. A presente proposta tem o objetivo de avaliar e desenvolver um sistema de aquaponia em escala comercial para produção sustentável de alimento saudável. O projeto prevê testes experimentais para avaliar a produtividade e sanidade das plantas e peixes dentro do sistema, assim como viabilidade econômica a médio e longo prazo. O projeto beneficiará piscicultores de pequeno porte ou cooperativas de produtores com a geração de renda de dois produtos, o peixe e principalmente as hortaliças. A aquaponia também trará benefícios ambientais e econômicos para o setor de hidroponia, pois, ao reduzir o uso de fertilizantes e pesticidas, causará menor impacto ambiental, agregando assim, valor ao produto. Por fim, a aquaponia tem ainda a vantagem de ser usada como ferramenta educativa em escolas e universidades.
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Categoria:
Iniciativa de Desenvolvimento Local (IDL)
Trabalho:
Agroindústria de Cacau para a Fabricação de Chocolate Artesanal integrado ao Ecoturismo na Ilha do Combú, Belém-PA
Autor:
Katiane Ribeiro de Sousa
Coautor:
Mônica de Nazaré Correa Ferreira Nascimento, Manoela Torres da Silva
Resumo do trabalho:
Este projeto tem por objetivo demonstrar a viabilidade técnica, econômico-financeira, social e ambiental da implantação de uma pequena agroindústria de cacau para fabricação de chocolate orgânico artesanal, em bases sustentáveis, integrado à atividade de Ecoturismo, desenvolvida por mulheres empreendedoras, visando à melhoria de qualidade de vida da comunidade tradicional ribeirinha localizada na APA Ilha do Combú, no Estado do Pará. O cacau é uma espécie nativa da Amazônia, que gera diversos subprodutos, dentre eles o chocolate. Este produto beneficiado artesanalmente vem adquirindo espaço no mercado, por ser um produto diferenciado, atraindo um novo nicho mercadológico. A originalidade da comunidade tradicional, especialmente, as atividades desempenhadas pelas mulheres, da APA Ilha do Combú atreladas ao pensamento sustentável, uma vez que buscaram dentro de seu próprio meio, fontes alternativas de geração de renda, caracterizando um comportamento empreendedor consciente de não esgotamento dos recursos para extração de lucratividade do meio natural. Em vinculo, o ecoturismo vem ao encontro das necessidades das pequenas empreendedoras nativas de valorização e amor ao seu local e, por conseguinte, do desejo de compartilhar com a sociedade seus conhecimentos, saberes e culturas, encontrando, assim, no desenvolvimento dessa atividade, a alegria de pertencimento à sua terra. A viabilidade econômico-financeira desse projeto foi demonstrada por meio dos indicadores econômico– financeiros, comprovando-se o elevado retorno financeiro deste empreendimento, que se pretende que sirva de modelo de sucesso para a promoção do desenvolvimento sustentável local.
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Categoria:
Empresa na Amazônia
Homenagem:
Grupo Dedé (Cachaçaria do Dedé)
Resumo do trabalho:
Essa empresa genuinamente amazonense, vem ao longo de 26 anos com sua trajetória de lutas e conquistas, provando que o povo dessa terra é um povo guerreiro e de vitórias. O Grupo Dede está ampliando seus negócios para todo o Brasil, levando nossa cultura e gastronomia para todo o país. São restaurantes e empórios, com produtos de primeira linha, uma gastronomia em destaque, uma enorme carta de cachaças, e produtos de marca própria com alto padrão de qualidade e exclusividade. Através do Chef Dedé Parente aplicando seus conhecimentos gastronômicos o Grupo vem criando produtos destaque e que representam o que há de melhor no portfólio.
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Edição 2016
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Categoria:
Ambiental
Trabalho:
Aproveitamento de Resíduos Sólidos do Caranguejo-uçá: Alternativa de Renda e Uso Sustentável
Autor:
Marcus Emanuel Barroncas Fernandes
Resumo do trabalho:
A produção da massa (=carne) do caranguejouçá (Ucides cordatus) é uma das principais atividades econômicas da comunidade estuarino-costeira Vila do Treme, localizada no litoral do Estado do Pará, costa amazônica brasileira. No entanto, tal atividade vem causando preocupação devido à crescente produção e acúmulo de resíduos sólidos nesta localidade, pois tais rejeitos são lançados indiscriminadamente no ambiente. Isto inclui locais próximos aos igarapés, causando fortes odores, atraindo diversos vetores de doenças como: ratos, baratas e moscas, inviabilizando o uso da água dos igarapés. Nesse contexto, surgiu a ideia do aproveitamento dos resíduos sólidos da produção da massa do caranguejo-uçá, cujo objetivo principal é o aproveitamento dos resíduos sólidos gerados no processo de extração da carne do caranguejo-uçá para congelamento e venda. Esses resíduos, transformados em farinha orgânica de caranguejo, podem ser utilizados com sucesso para a geração de renda para os moradores locais. Essa matéria-prima pode ser utilizada na produção de ração para animais e de adubo orgânico para a agricultura familiar. O aproveitamento dos resíduos sólidos e a geração de renda alternativa são de grande relevância socioambiental, pois i) promovem o uso sustentável de um dos principais recursos do manguezal (o caranguejo-uçá), que se encontra em pleno declínio, e ii) melhoram a qualidade de vida do extrativista estuarino-costeiro da costa amazônica brasileira, além de minimizar o impacto sobre o ecossistema de manguezal.
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Categoria:
Econômico-Tecnológica
Trabalho:
Confecção de próteses ortopédicas com fibras vegetais de espécies nativas da Amazônia
Autor:
Jadir de Souza Rocha
Coautor:
Vania Maria Oliveira da Camara; Cynthia Lins Falcone Pontes; Tereza Maria Farias Bessa; Katia Bastos Loureiro Ramos.
Resumo do trabalho:
Este projeto apresenta uma proposta inovadora ao propor a utilização de fibras vegetais na fabricação de próteses ortopédicas. Na produção de próteses é empregado vários tipos de materiais como a madeira, borracha, aço, alumínio e, mais recentemente, os termoplásticos sintéticos, o titânio e a fibra de carbono. Esses dois últimos são considerados os melhores, devido às suas várias características e propriedades, porém são totalmente importados e de custos elevados, o que torna-os inacessíveis a uma ampla camada de brasileiros com deficiência motora. A equipe deste projeto, após desenvolver várias tecnologias com matérias-primas de origem vegetal, se prepara para enfrentar um novo desafio, apresentar uma solução tecnológica literalmente verde e de excelente qualidade. A pesquisa será desenvolvida com matérias-primas de origem vegetal para fabricação de próteses do modelo tipo transtibial (para amputação na área da panturrilha em que a tíbia e a fíbula são cortadas). A composição do referido modelo será feita com duas espécies de plantas nativas da Amazônia, a curauá (Ananas erectifolius L.B.Sm) e abacaxi (Ananas comosus (L.) Merril), ambas com excelentes propriedades físicas, químicas e mecânicas, fundamentais para a geração de superplásticos naturais, mais leves e resistentes que os polímeros convencionais, utilizados industrialmente e com resistência similar às fibras de carbono, de vidro e de titânio.
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Categoria:
Social
Trabalho:
Métodos Alternativos de Tratamento de Água Aplicados em Aldeias Indígenas do Vale do Javari (AM)
Autor:
Adriana Ribeiro Francisco
Coautor:
José Euclides Stipp Paterniani
Resumo do trabalho:
O projeto apresenta uma parceria com a Organização Geral dos Mayurunas do Vale do Javari, juntamente com pesquisadores da Faculdade de Engenharia Agrícola da Universidade Estadual de Campinas com o objetivo de desenvolver cursos de capacitação para professores indígenas, referente ao conhecimento e aplicação desses métodos de tratamento, além de selecionar algumas aldeias Mayurunas para implantar tais técnicas. A proposta está dividida em 3 etapas, as quais compõem a coleta para a caracterização em laboratório da água consumida em aldeia e o ministro dos cursos de capacitação e a implantação dos métodos nas aldeias Mayuruna selecionadas. As técnicas serão implantadas de acordo com a caracterização prévia das amostras coletadas. Espera-se que os cursos possibilitem agregar conhecimento ao povo Mayuruna, e que essas informações sejam transmitidas nas escolas indígenas e na população local. Além, disso, a população passará a consumir água de qualidade, evitando a proliferação de doenças de veiculação hídrica e os custos com recursos hospitalares ou casos extremos de óbitos. O sucesso da implantação do projeto também terá repercussão e impacto a nível nacional, uma vez que existem poucas iniciativas de extensão entre a universidade e a população sobre o tema proposto, no qual inclui o que é desenvolvido em pesquisas tecnológicas e a carência de aplicação voltada diretamente à população. por estar em licença maternidade. Para representá-la convidamos o presidente da Fundação Amazônia Paraense de Amparo À Pesquisa – FAPESPA, senhor Eduardo Costa.
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Categoria:
Economia Criativa
Trabalho:
Caminhos Tapajós: Museu de Território das Comunidades Ribeirinhas da Flona (Santarém/PA)
Autor:
Janaina Cardoso de Mello
Coautor:
Hildênia Santos de Oliveira
Resumo do trabalho:
O projeto apresenta a proposta de um museu de território, desenvolvido a partir das histórias de vidas das comunidades ribeirinhas da Floresta Nacional do Tapajós. Pretende conferir visibilidade e valorização às memórias e trajetórias daquelas populações, dialogando com seus saberes, empoderando-as, compartilhando tecnologias sociais na cartografia de suas rotas e paisagens, integrando-as na gestão compartilhada do patrimônio cultural amazônico, redirecionando sua sustentabilidade nos princípios da Economia Criativa e do Turismo Cultural. Sugere-se a metodologia da ‘etnografia dos percursos’, que consiste em traçar percursos para a fruição dos espaços de ancestralidade, subjetividade, identidade e cidadania na relação das comunidades com o ambiente e preservação dos recursos naturais. Pretende-se uma parceria com o Museu Paraense Emílio Goeldi e o curso de graduação em Museologia da Universidade Federal do Pará (UFPA), alicerçando-se na experiência dessas instituições na produção de ciência e musealização na região amazônica para realizar oficinas regulares de ressignificação dos saberes tradicionais das comunidades ribeirinhas, a formação de monitores e gestores, além da composição do percurso visual cujo processo de execução evocará a presença, a memória, o protagonismo social e cultural dos povos indígenas Tapajós e seus descendentes.
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Categoria:
Economia Verde
Trabalho:
Batedeira de Açaí Solar
Autor:
Allana Trajano Feijão
Coautor:
Anita Maria das Graças Almeida
Resumo do trabalho:
O projeto apresenta uma maneira inovadora para aprimorar a produção e venda de polpa de açaí em áreas urbanas e de difícil acesso na Amazônia. A proposta para ajudar toda essa população é de implantar um sistema de batedeiras de açaí regidas por energia solar fotovoltaica do tipo conexão direta, sem uso de banco de baterias, utilizando apenas 20 módulos de placas fotovoltaicas de 50Wp cada, um conversor de frequência de 2 CV trifásico e de 220V, e uma batedeira de açaí de 17 cm, com capacidade de produção média de 3,5 litros por batida e motor trifásico, que acoplados, e após algumas adaptações, tornam os produtos de uso comum numa inovação, tendo como diferencial uma máquina única, capaz de atender à demanda da população das áreas remotas e viabilizando a produção em maior escala quando da sua destinação ao mercado consumidor.
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Categoria:
Microempreendedor de Sucesso na Amazônia (Prêmio Florescer)
Homenagem:
Maria Lopes Alves Brito
Resumo do trabalho:
A Sra. Maria Lopes iniciou seu pequeno negócio vendendo pão em um pequeno depósito de isopor. Seus clientes começaram a procurar também complementos como açúcar, café, manteiga e outros, e à medida que os clientes procuravam, ela ia abastecendo seu comércio. No início ela recebia Bolsa Família, mas sempre passava muito aperto por conta de bloqueios do cartão, com isso ela resolveu deixar o programa e foi à luta em busca de aumentar seu pequeno comércio. Foi quando ela conheceu o Programa NOME. Deixaram em sua casa um panfleto e ela e seu esposo resolveram ligar para o telefone do assessor, pegaram as informações e marcaram a primeira reunião; hoje já está na quinta renovação. Dona Maria é guerreira, além de seu pequeno comércio, ela ainda faz bolos, doces e salgados, pequenas costuras e consertos em geral, faz suas compras para abastecer seu comercio junto com o marido de bicicleta para economizar no frete . Segundo seu relato, faz suas compras nos atacadistas sempre à vista para obter desconto e não possuir débitos na praça. É casada há vinte anos e tem 5 filhos.
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Categoria:
Personalidade Amazônica
Homenagem:
Carlos Fernandes Xavier
Resumo do trabalho:
O indicado para o Prêmio Personalidade Amazônica, é sem dúvida nenhuma, um dos grande líderes do agronegócio na Amazônia Legal, atualmente. É atualmente presidente da Faepa, função exercida há 20 anos por sucessivas e unânimes eleições, que o ajudou a criar mais de 30 municípios. Foi fundador do Sindicato dos Produtores de Paragominas e outros 100 Sindicatos, em um cenário que contemplava a existência de apenas sete Sindicatos. Com o movimento de lideranças políticas e empresariais regionais, constatou-se a necessidade de contar com uma representação política do agronegócio em um momento em que revertia uma função de fatores determinados pelo intenso fluxo migratório, a predominância populacional da área metropolitana (o chamado interior passou a representar 77% do número de habitantes) e influenciou Carlos Xavier a fazer uma opção pela vida pública. Assim foi eleito deputado estadual (1987/1991), sendo constituinte em 1989. Destaca-se em sua atuação parlamentar uma intensa preocupação com o desenvolvimento e o futuro do Pará, como a defesa das eclusas de Tucuruí, a implantação da segunda entrada de Belém por via rodoviária (na época, em seus pronunciamentos, já era levada a necessidade da Alça Viária como solução para a integração Sul/Sudeste), a interligação da ferrovia Norte-Sul com Belém, e, um dos mais importantes de todos, a instituição do ICMS Verde, dispositivo que pode ser considerado precursor na consciência ambiental paraense que resultou no estabelecimento de diretrizes quanto a uso dos recursos naturais contemplados na Lei 6745/05.
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Categoria:
Empresas na Amazônia
Homenagem:
AGROPALMA
Resumo do trabalho:
A Agropalma S/A, produz e comercializa, no mercado nacional e internacional, óleo vegetal e derivados, garantindo o desenvolvimento sustentável do agronegócio. A Agropalma iniciou suas atividades para produção e extração de óleo de palma e óleo de palmiste em 1982 no município de Tailândia, a 220 km de Belém, Estado do Pará, e tornou-se o maior produtor de óleo de palma da América Latina, dominando todo o ciclo produtivo, a produção de mudas ao óleo refinado, gorduras vegetais e margarinas, contribuindo para o desenvolvimento regional e do país.
Edição 2015
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Categoria:
Ambiental
Trabalho:
Bioauxiliadores Ambientais.
Autor:
Veridiana de Oliveira Frota
Resumo do trabalho:
Estima-se que existam na Amazônia aproximadamente 15 milhões de hectares de áreas degradadas fruto de desmatamento. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), as taxas anuais de desmatamento continuam em níveis alarmantes. Somente no trimestre de maio, junho e julho de 2015, os alertas por corte raso e degradação da Amazônia somaram 2.356 km². O solo degradado é caracterizado pela perda de sua capacidade física e química (fertilizante) de continuar produtivo, o que impossibilita a recuperação de cobertura vegetal. Além dessa situação sobre a degradação do solo, a região Amazônica apresenta graves problemas sociais como desemprego, baixa densidade demográfica, ausência de serviços públicos, insegurança, informalidade das relações trabalhistas entre outros problemas. O desenvolvimento da região Amazônica exige soluções econômica e ecologicamente viáveis que contribuam na preservação ambiental e inclusão social. No Estado do Pará concentra-se aproximadamente 90% da produção de óleo de palma do Brasil, sendo produzidas aproximadamente 300 mil toneladas de óleo por ano. A produção desse volume de óleo gera aproximadamente 350 mil toneladas de cachos de frutos vazios; um subproduto sem valor econômico. Este projeto propõe a produção de Bioauxiliadores Ambientais que são produtos confeccionados artesanalmente a partir do aproveitamento dos cachos vazios de palma, subproduto do processo industrial da extração de óleo de palma, em parceria com comunidades locais em torno da usina extratora para uso no controle da erosão, recomposição vegetal e recuperação de áreas degradadas, possibilitando a inclusão social e o desenvolvimento local. O aproveitamento desse subproduto para recuperação de áreas degradadas pode gerar renda e emprego a essas populações carentes, constituindo um Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, possibilitando que comunidades em torno da usina extratora de óleo de palma adquiram conhecimento básico sobre a ciência e o funcionamento do processo de recuperação vegetal, que lhe dará condições de entender o seu entorno, ampliando suas oportunidades no mercado de trabalho, contribuindo para a preservação ambiental, com um produto de baixo custo, de baixa complexidade de produção e de comprovada eficiência na recuperação de solos degradados.
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Categoria:
Ambiental
Trabalho:
Resgate da agrofloresta produtiva de cacau na várzea amazônica de Óbidos: um modelo produtivo caboclo de conservação e geração de renda.
Autor:
Roberto Carlos Romero Pinedo
Resumo do trabalho:
Na história econômica da Amazônia brasileira, o cacau tem sido uma commodity bandeira na pauta de exportação. As terras de várzea, principalmente nas áreas de restingas (das margens do canal principal da bacia amazônica), já constituíram os cenários de produção de cacau mais importantes no Brasil; sobretudo das localizadas nos municípios da região do Baixo Amazonas, no Estado de Pará, sendo Óbidos o mais sobressalente. O descaso governamental com a indústria do cacau de várzea, as novas oportunidades econômicas no uso do solo (p.e. a monocultura da juta e, principalmente, a cria extensiva de gado bovino), ao longo da última metade do século XX, e a frequência curta na ocorrência de enchentes grandes influíram fortemente na perda dos plantios de cacaueiros na várzea e, por tanto, a substituição em importância da atividade cacaueira na região. Na atualidade, sobre as terras de várzea do município de Óbidos domina a paisagem de campo para pastagem de gado bovino, durante o período de verão ou fase de vazante do rio Amazonas. No inverno ou fase de enchente do rio as terras são cobertas pelas águas, sendo as restingas as últimas em inundar (de acordo ao grau de intensidade da cheia), dado seu relevo ser o mais alto na várzea. Esta característica ecológica das terras de restingas possibilitou para se constituir no espaço de contínuos processos de adaptação e domesticação de diversas espécies e variedades de plantas, entre exóticas e nativas. Daí que pequenos produtores caboclos conformaram a agrofloresta de cacau, como forma de manter a tradição produtiva de cacau na região, mesmo em pequena escala. Nesta agrofloresta, o cacaueiro constitui o estrato médio e é distribuído de forma a serem protegidos por outras espécies perenes (como castanha sapucaia, mungubeira, pau mulateiro, samaumeira, taperebazeiro, etc.) das adversidades ambientais; principalmente no período da cheia do rio, devido às arremetidas dos banzeiros ou maresias provocadas pela passagem de navios de grande porte pelo rio Amazonas (ver imagem no anexo I). Dos diferentes produtos que resultam desta agrofloresta, o cacau apresenta importância socioeconômica destacável. Isto, devido, ser beneficiado artesanalmente pelas mulheres para obtenção de diversos produtos comerciáveis. Caso do vinho (suco), capilé, cacaurí, doce de cacau, geleia e pão-chocolate, que são confeccionados utilizando equipamentos e ferramentas simples. Produtos que ajuda em aumentar a renda da família num período de inatividade produtiva na várzea, devido à fase da cheia do rio. Com a difusão deste molde produtivo, organização dos produtores, transferência de tecnologias de manejo, de produtor (experiente) a produtores, e acompanhamento técnico, contribuirá no resgate de florestas produtivas sustentáveis na várzea amazônica brasileira, isto é a agrofloresta de cacau.
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Categoria:
Ambiental
Trabalho:
Composto de Resíduo Plástico
Autor:
Mário Augusto Batista Rocha
Resumo do trabalho:
Este projeto objetiva uma proposta rumo à sustentabilidade mediante a industrialização de composto inovador denominado CREP – Composto de Resíduo Plástico, destinado à produção de artefatos para construção civil, obtido pela composição de uma matriz constituída de resíduos termo plásticos em combinação com reforço de partículas granulares, o qual é processado em máquina especialmente desenvolvida chamada CREPONEIRA. A mistura na proporção de 1:1:2 (plástico PET, areia e seixo) consiste de uma matriz polimérica oriunda de embalagens plásticas descartadas com reforço de partículas granulares, como areia, seixo, pó de pedra, brita, vidro, resíduos de construção e demolição (RCD), entre outros, que submetidos a processos termo mecânicos, obtém-se material moldável semelhante ao asfalto, próprio para fabricação de pré-moldados destinados a vários fins, principalmente, para construção em geral. Podendo ser produzidos componentes estruturais e de acabamento, como tijolo, paver, bloco, telha, meio fio, mourão, cobogó, etc. Utilizando processo simplificado de fabricação que consiste na seleção do material termo plástico descartado, constituído de resíduo plástico tipo PET ( Politereftalato de Etila) oriundo de empresas ou residências, tais como, embalagens de alimentos, higiene, limpeza, entre outros, contendo ou não resíduos de argila, areia ou material orgânico, bem como, rótulo e tampa, o qual é dosado e misturado termo mecanicamente aos grânulos minerais, areia, vidro, pedrisco, brita, seixo ou RCD, obtendo-se material aquecido semelhante ao asfalto próprio para moldagem de artefatos, os quais poderão ser encaminhados para obras de construção civil em três horas após a moldagem. A popularização do uso de pré-moldados produzidos a partir de embalagens plásticas descartadas, através de processos simplificados associados às boas práticas de desenvolvimento sustentável, proporcionará geração de emprego e renda na cadeia produtiva de reciclagem de resíduos, atendendo às políticas públicas de gestão ambiental e inclusão social na esfera municipal, estadual e federal, constituindo uma alternativa de destinação adequada do lixo plástico, conforme a PNRS instituída pela lei 12.305/2010.
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Categoria:
Econômica/Tecnológica
Trabalho:
Desenvolvimento de Marcador do Consumo de Energia Elétrica Residencial em Reais
Autor:
Elton Márcio da Silva Santos
Resumo do trabalho:
Um novo conceito de sustentabilidade afirma a necessidade de interação entre o homem e a natureza, a necessidade do equilíbrio entre preservar e usufruir, pois a relação entre o homem e o mundo natural, é uma relação recíproca, um equilíbrio dinâmico onde o homem transforma o meio e é por ele transformado. Se no princípio, o homem pequeno diante da supremacia quase divina da natureza não podia imaginá-la finita, hoje não é mais possível ignorar o fato que o capital natural não é inesgotável e que o progresso precisa frear seu avanço para garantir a possibilidade de um futuro para o mundo e para a Humanidade (COELHO, 2004). Seguindo a linha de raciocínio exposta por Coelho, expressamos o fato de que, para aproveitar bem os recursos da natureza através das tecnologias desenvolvidas pelo ser humano, precisamos agir de forma racional, ao invés de frear seu avanço, buscando formas engenhosas, alternativas e mitigativas, para o compulsório cenário progressista global. Energia e desenvolvimento são indissociáveis, mas a dinâmica desse relacionamento resulta em forte pressão sobre o meio ambiente, visto que o crescimento econômico tem estado atrelado à expansão da oferta de energia. Não obstante, verificou-se um despertar da consciência ecológica justificando uma maior preocupação com a sustentabilidade energética. Segundo o relatório State of the World 2004 as pessoas, no Hemisfério Sul estão consumindo mais energia do que a média dos habitantes do Hemisfério Norte sendo que o Brasil ocupa o quinto lugar em consumo de energia elétrica, isto é 1.878 quilowatt/hora por pessoa. (BBC BRASIL, 2004). Para cada dólar produzido pela economia, o Brasil precisa de 40% mais de energia do que os Estados Unidos e 70% mais do que a Alemanha. Isso se deve menos ao custo de geração do que ao desperdício. O Brasil perde 16,5% (cerca de R$ 16 bilhões por ano) de toda a energia elétrica produzida. É quase uma Itaipu que se joga fora a cada ano. Para tornar mais eficiente o aproveitamento da energia, seria preciso investir em duas frentes: programas de conscientização dos consumidores e a busca de processos industriais e equipamentos mais econômicos (VEJA, 2008). Enfim, energia elétrica é uma das questões que mais requerem cuidados, pois seu consumo sempre aumenta e há muito desperdício no que tange a sua utilização. Quando o consumidor utiliza racionalmente a energia, ele está preservando os recursos naturais do País e, ao mesmo tempo, evitando problemas de abastecimento.
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Categoria:
Econômica/Tecnológica
Trabalho:
Minimização do Risco de Contaminação da Doença de Chagas no Açaí pelo Uso da MESA DE CATAÇÃO
Autor:
Antônio Claudio Almeida de Carvalho
Resumo do trabalho:
Nas várzeas estuarinas do Rio Amazonas, o açaizeiro (Euterpe oleracea) é a espécie arbórea de maior frequência relativa e de maior importância socioeconômica. A polpa extraída dos frutos dessa palmeira, que no passado era apenas um importante alimento das populações ribeirinhas, é hoje um dos principais componentes da economia local e de exportação nos Estados do Pará e do Amapá. Diante dos cenários que se apresentam, acredita-se que este é o mais importante produto de base agrária na Amazônia. O consumo do açaí nos estados do Pará e Amapá, além de ser uma das mais importantes fontes de alimento da população rural (em alguns casos também da população urbana), é um hábito alimentar típico, que representa para os amazônidas, uma característica cultural da sua própria identidade. Por mais importante que seja para a economia do açaí, o grande mercado que tem surgido ultimamente fora da Amazônia, inclusive no exterior, o consumo local do produto in natura, processado de forma artesanal, é o grande lastro de sustentabilidade dessa cadeia produtiva, cuja dimensão só tem aumentado nos últimos anos. Com efeito, essa característica do mercado local do açaí, cuja maior parte das vendas ocorre através de pequenos estabelecimentos comerciais, conhecidos como “batedeiras” ou “amassadeiras”, que se distribuem em milhares de pontos nos diferentes municípios da região, é ao mesmo tempo o ponto forte que garante o grande consumo local, como é também o ponto de maior fragilidade nas garantias de padrões de higienização no processamento do produto. Com a implantação dos programas governamentais, incentivando as “Boas Práticas do Processamento do Açaí” muitas coisas melhoraram no que tange a higienização do ambiente, filtragem da água, etc. Não obstante, o aumento de casos de doença de Chagas, associado ao consumo de açaí tem assustado por se tratar de uma ameaça com poder destrutível incalculável para todos os elementos da cadeia produtiva, em especial do consumidor local. Nos açaizais nativos, típicos das florestas de várzeas, as palmeiras de açaí convivem intercaladas com diferentes espécies arbóreas. Todavia, com o intuito de aumentar produtividade, muitos ribeirinhos eliminam essas árvores, transformando a floresta num verdadeiro monocultivo de açaí. Com a diminuição de predadores e a falta de outras árvores, insetos do grupo triatomíneo, conhecidos popularmente como barbeiros, que transmitem o Trypanossama cruzi, causador da doença de Chagas, têm sido cada vez mais encontrados nos estipes dos açaizeiros. “Embora o Brasil tenha reduzido de forma drástica os números de contágio do mal de Chagas nas últimas décadas, entre 150 e 200 novos casos ainda são registrados anualmente. Mais de 95% ocorrem em apenas dois Estados: Pará e Amapá, sendo o processamento de açaí e outros alimentos o principal foco de contágio” (Jefferson Puff, BBC Brasil, 2015). Até o ano de 2004, a ocorrência de doença de Chagas aguda (DCA) por transmissão oral, relacionada ao consumo de alimentos, constituía um evento pouco conhecido ou investigado. Atualmente tornou-se frequente na Região Amazônica e está relacionado ao consumo do açaí. Assim, como ocorre no preparo do caldo de cana-de-açúcar, há possibilidades reais de esmagamento do barbeiro na ocasião do despolpamento dos frutos de açaí e, nestes casos, o parasita (Trypanosoma cruzi) que por ventura esteja no estômago do inseto é liberado e mistura-se ao produto. O consumo in natura desse alimento contaminado, leva a uma alta parasitemia e, consequentemente a fase aguda da doença de Chagas. “O barbeiro vem contaminando os cestos dos frutos de açaí e na hora do processamento sem a higienização adequada, o mesmo é triturado dentro da máquina junto com os frutos. O suco contaminado é consumido e as pessoas adoecem. Assim tem se formado o problema da atual epidemia de doença de Chagas que há no Pará” (Aldo Valente, (Instituto Evandro Chagas) No caso do processamento artesanal da polpa de açaí, que representa a grande maioria do produto consumido no Pará e Amapá, os frutos do açaí chegam até o estabelecimento em sacos ou paneiros e são colocados diretamente nos tanques de amolecimento e, sem qualquer procedimento prévio, os mesmos são colocados dentro das amassadeiras. Para evitar que o barbeiro (transmissor da doença de Chagas) e outras impurezas indesejáveis sejam “amassadas” junto com os frutos de açaí, é necessário acrescentar uma nova fase no processamento tradicional dessa polpa: a etapa de inspeção e peneiramento dos frutos antes do despolpamento. Essa inspeção pode ser feita através de um equipamento simples chamado de “MESA DE CATAÇÃO” onde os frutos do açaí são jogados e, por gravidade, as impurezas (resíduos orgânicos, pequenos insetos, etc) separam-se dos frutos. A exposição dos frutos nesse processo permite uma inspeção visual, em que é possível retirar qualquer objeto estranho que não tenha caído no peneiramento (ANEXO 1). Com isso elimina-se o risco de barbeiros passarem para a fase seguinte e serem amassados juntos com os frutos do açaí. A inspeção dos elementos a serem processados é uma etapa indispensável nas indústrias de alimentos (ilustração no ANEXO 2). Não obstante, especificamente no processamento artesanal de açaí, essa atividade não é possível de se realizar, por não existir um equipamento compatível com o padrão, pequena disponibilidade de áreas e capacidade financeira das amassadeiras artesanais da Amazônia. Em geral, esses estabelecimentos de processamento artesanal do açaí, funcionam em uma única sala, onde estão os componentes fundamentais de despolpamento do fruto: dois ou três tanques de água, onde os frutos são colocados de molho e a máquina específica de despolpamento, que na região é denominada de amassadeira ou batedeira de açaí. Este equipamento típico, desenvolvido de forma artesanal na região, libera a polpa dos frutos por esmagamento, num processo semelhante ao que se fazia com as mãos humanas, quando não existia as amassadeiras movidas por meio de eletricidade. Sob a coordenação do proponente da presente proposta, no âmbito da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado do Amapá – SETEC, com recursos oriundos da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia - SUDAM, foram feitos e testados vários protótipos, que submetidos aos ajustes indicados pelos batedores de açaí, chegou-se ao atual modelo de “MESA DE CATAÇÃO”, a qual já tem 130 exemplares sendo usadas diariamente nas amassadeiras de Macapá e Santana, no estado do Amapá (ANEXO 1) A proposta do presente projeto é fazer uma ampla campanha de demonstrando da efetividade do uso MESA DE CATAÇÃO no controle do barbeiro e eliminação do risco de transmissão da doença de Chagas, através da ingestão do açaí. Com isso, pretende-se num futuro próximo, tornar esse equipamento um componente de uso fundamental nas amassadeiras artesanais de açaí da Amazônia. Pretende-se também, através sensibilização dos órgãos oficiais de crédito e fomento, a criação de programas específicos de modernização, para que todos as amassadeiras de açaí possam adquirir a MESA DE CATAÇÃO e outros equipamentos que minimizem o risco de contaminação da doença de Chagas, como por exemplo os tanques de branqueamento.
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Categoria:
Econômica/Tecnológica
Trabalho:
Reaproveitamento de resíduos da madeira para produção de instrumentos
Autor:
Bruno Sá de Oliveira
Resumo do trabalho:
O projeto visa gerar instrumentos musicais utilizando o reaproveitamento de madeiras oriundas de resíduos encontrados em marcenarias, serrarias, quintais de pessoas que possuem madeiras sem utilidade e autorizem seu uso, depósitos abandonados, móveis condenados, e qualquer origem de madeiras que seriam consideradas inaproveitáveis, porém possuem potencial de manipulação e qualidade comprovada para construção de instrumentos musicais, em especial guitarra elétrica e contrabaixo elétrico. A demanda oriunda dos consumidores em detrimento do trabalho por nós realizado trouxe a necessidade de expansão e melhorias em nossas atividades, visto que instrumentos musicais personalizados são procurados por pessoas que buscam produtos diferenciados, ou seja, algo que possua características únicas. O investimento em maquinários acelerara a produção, sendo possível maior desenvolvimento em termos de números e qualidade, já que a produção atual é totalmente artesanal e lenta.
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