O Banco da Amazônia
Banco da Amazônia S.A. (BASA) é um banco comercial de economia mista, organizado sob a forma de sociedade anônima de capital aberto, na qual Governo federal do Brasil detém a maioria das ações.
Fundado durante a Segunda Guerra Mundial por Getúlio Vargas sob o nome de Banco de Crédito da Borracha, sua criação é resultado da estratégia de guerra dos aliados e contava com a participação acionária dos Estados Unidos e Brasil. Inicialmente, seu objetivo era reativar a atividade seringueira, matéria-prima da borracha, em declínio desde a Primeira Guerra Mundial na Amazônia, já que era a única região — livre do conflito — que detinha condições de produzir látex nas proporções desejadas (O Segundo Ciclo da Borracha).
Em 1966 o governo militar muda seu nome para Banco da Amazônia S.A. ou simplesmente BASA. É a principal instituição financeira federal de fomento com a missão de promover o desenvolvimento da região amazônica. Possui papel relevante tanto no apoio à pesquisa quanto no crédito de fomento, respondendo por mais de 60% do crédito de longo prazo da Região.
Com 120 Agências distribuídas em 09 Estados diferentes, incluindo, o Distrito Federal e São Paulo, o Banco da Amazônia é focado na região Região Norte do Brasil e sua presença é vital e estratégica para o desenvolvimento econômico dos empreendimentos rurais e urbanos da região, especialmente, pelo fato da região representar 59% do território brasileiro.
Especialista em fomento, 38% da sua Receita Bruta (2011) provém de Del Crede da administração de Fundos Constitucionais como: Fundo de Desenvolvimento da Amazônia (FDA), Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), Fundo da Marinha Mercante (FMM) e Fundo Constitucional de Financiamento do Norte (FNO).
Sobre este último, detém a exclusividade de administração e operação. Além destes fundos, o Banco opera com linhas do Orçamento Geral da União (OGU), Recursos Obrigatórios (RO) e com as linhas do BNDES, principalmente, nas regiões fora da Amazônia Legal. Sua sede está situada na Avenida Presidente Vargas, em Belém do Pará.
O Prêmio Banco da Amazônia de Empreendedorismo Consciente.
Instituído em 2006, o Prêmio do Banco da Amazônia de Empreendedorismo Consciente, teve como objetivo estimular projetos ligados a ecossistemas de negócios, que conciliem o econômico, o social e o ambiental, estes ecossistemas de negócios são fruto da procura pelo Banco da Amazônia de negócios que se desenvolvam com respeito ao meio ambiente.
Em 22 de agosto de 2006 o então presidente Mâncio Lima Cordeiro citou os objetivos do prêmio durante a cerimônia de outorga:
“Como se apregoa que a Amazônia é a solução para o mundo, então que se envolva todo o mundo nesse esforço por uma solução”
“Todos nós acreditamos que os negócios de hoje na Amazônia não serão os mesmos negócios do futuro, mas os negócios do futuro certamente serão desenvolvidos com os parceiros de hoje”
, completou o presidente
Ressaltou que a intenção do Banco da Amazônia em estimular projetos ligados a ecossistemas de negócios, que podem conciliar o econômico, o social e o ambiental, fruto da procura, pelo Banco da Amazônia, do desenvolvimento com respeito ao meio ambiente.
Na solenidade de outorga do prêmio se encontravam mais de 250 convidados no hotel Blue Tree, em Brasília. Três trabalhos ficaram empatados em primeiro lugar e dividiram o prêmio equivalente a US$ 100 mil: Décio Ferreira de Oliveira, do Rio de Janeiro, com o projeto “Produção Sustentável de Fibras Têxteis”; Marcelo Luiz Perini Tarachuk, do Mato Grosso, com o projeto “Turismo, Educação e Pesquisa na Amazônia”; Maurício Munhoz Ferras, do Mato Grosso, com o projeto “Biodiesel de Mamona e Dendê em Área Degradada”.
Também foram premiados com passagens aéreas para a Amazônia os concorrentes, entre doze finalistas, que apresentaram os melhores trabalhos em categorias definidas por faixa etária: o mais jovem, até 35 anos, ficou com Jean Carlos Cardoso, de São Paulo, com o projeto “Seleção e Aproveitamento Econômico de Espécies Vegetais Nativas da Amazônia”. Entre os concorrentes com idades entre 35 e 65 anos, foi escolhido Kléber Augusto Bechara de Oliveira, do Amazonas, com o projeto “Turismo Ecossocial, Educação e Capacitação”. Na categoria Sênior, para concorrentes acima de 65 anos, o projeto premiado foi o de Michiyuki Kemmotsu, de Tóquio (Japão), pelo projeto “Proteção Ambiental da Região Amazônica”.
A entrega do Prêmio Banco da Amazônia de Empreendedorismo Consciente foi transmitida via TV, ao vivo, para todas as Gerências Regionais do Banco da Amazônia, com a presença de jornalistas e de membros das comunidades onde o Banco atua na região. A entrega do prêmio, em Brasília, foi testemunhada por empresários brasileiros e estrangeiros, representantes de classe, investidores, pesquisadores e dezenas de pessoas interessadas no futuro da Amazônia.
União do Prêmios Professor Samuel Benchimol e Banco da Amazônia de Empreendedorismo Consciente.
O Banco da Amazônia já estava atuando como copatrocinador do Prêmio Professor Samuel Benchimol desde a sua concepção em 2004. Participando dos sucessivos processos de seleção de propostas, procurando se fazer presente, apresentando os seus votos aos projetos que expressassem maior alinhamento com às políticas de desenvolvimento da Amazônia.
A gestão eficiente desse Prêmio, sob a coordenação partilhada do então Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e das Federações de Indústria e Comércio dos Estados do Amazonas, Acre, Pará, Roraima, Rondônia e Tocantins, assegurou, ao longo de seus seis anos de existência, a credibilidade para que as diferentes instituições patrocinadoras abaixo renovassem anualmente a sua continuidade:
Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológicas (Abipti), Ação Pró-Amazônia, Amazon SAT, Basf, Grupo Bemol, Banco do Brasil, Brasil Telecom, Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea), Eletronorte, Fogás, Honda, Instituto Evaldo Lodi, Banco Itaú, Natura, Nokia, O Boticário, Pirelli, Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia do Amazonas, Siemens, SIMPI/RO, Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), TAM Linhas Aéreas, Energia Sustentável do Brasil, Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Governo do Estado de Rondônia, Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará (Fapespa), Fundação de Tecnologia do Estado do Acre (Funtac).
É fato a constatação do crescimento do número das candidaturas e a adesão de cientistas de renome internacional a essa singular e forte iniciativa que homenageia um dos maiores e mais dignos pensadores da Amazônia, o Professor Samuel Benchimol.
Consciente desse sucesso, o Banco da Amazônia apoiou a iniciativa do MDIC e da Federação das Indústrias do Estado de Rondônia para que, em 2009, fosse retomado o importante Prêmio Banco da Amazônia de Empreendedorismo Consciente, promovido em 2005 e, neste ano, realizado em conjunto com o Prêmio Professor Samuel Benchimol.
Essa junção confirma as palavras do Excelentíssimo Senhor Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, quando ainda no início de seu primeiro mandato, recomendava que se evitasse a duplicidade de ações e que estas, embora promovidas por uma ou mais instituições, procurassem estar reunidas, sempre que possível, integradas numa única iniciativa. Esse é um caso concreto de união exitosa na qual um prêmio complementa o outro.
Uma outra questão importante está no fato de o Banco da Amazônia, a cada ano, apoiar financeiramente com recursos não reembolsáveis projetos agraciados anteriormente. Assim, em 2009, foram apoiados os seguintes vencedores da versão 2008 do Prêmio: Matas Ciliares, da Universidade Federal do Maranhão; Tijolo Vegetal, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia; e Áreas Protegidas, da Universidade Federal do Acre.
Pela experiência do Banco da Amazônia nessa parceria, percebe-se a necessidade de se exercer o papel articulador para um maior envolvimento das agências de fomento e fundações estaduais de amparo à pesquisa na avaliação e possível contratação, em suas respectivas áreas de atuação, dos projetos agraciados em 2009, bem como nos anos que virão. Esse esforço conjunto, sem dúvidas, poderá melhor contribuir no processo de desenvolvimento da Amazônia e do nosso país.
Desde 2009, o Banco da Amazônia vem participando do trabalho de divulgação dos Prêmios e do estímulo à apresentação de candidaturas, presenciando o crescimento das inscrições, que em 2019 atingiram mais de 3.200 (três mil e duzentas) inscritos nas 16 edições realizadas.
A cada ano o livro Relatório anual dos Prêmios disponibiliza à sociedade, o resumo de todos os projetos inscritos nos Prêmio Samuel Benchimol e Banco da Amazônia de Empreendedorismo Consciente, nas áreas ambiental, econômica/tecnológica, social, bem como nas áreas de empreendedorismo consciente, focados no desenvolvimento sustentável da Amazônia.
Os relatórios dos Prêmios estão disponíveis para download na biblioteca.
Para o Banco da Amazônia não há dúvida de que o estímulo às reflexões acerca das perspectivas econômicas, ambientais e sociais para a região consegue, hoje, arregimentar uma gama de empresários, estudiosos e pesquisadores com propostas de soluções para os problemas amazônicos. Isso é gratificante, pois contribui para o surgimento de alternativas criativas e inovadoras para o desenvolvimento sustentável da região.
A experiência vem demonstrando que, nem sempre, a exuberância das florestas tropicais é indicação de condições propícias de solo para o bom desenvolvimento de atividades agropecuárias na região e por meio da pesquisa amplia-se o conhecimento sobre os ecossistemas da Amazônia, possibilitando o uso racional do seu patrimônio natural.
Por outro lado, a Floresta Amazônica se destaca pela sua inigualável biodiversidade que, aliás, é fonte potencial para novos produtos derivados da biotecnologia, resultando em produtos com o selo amazônico, contribuição da ciência e tecnologia.
Assim, o Banco da Amazônia está convicto de que os Prêmios Professor Samuel Benchimol e Banco da Amazônia de Empreendedorismo Consciente possuem grande papel na geração do conhecimento, contribuindo para que a Amazônia possa ser desenvolvida em bases mais sustentáveis.
Como agente financeiro do Governo Federal para contribuir no desenvolvimento sustentável da região, o Banco da Amazônia tem procurado estruturar- se para estar à frente desse desafio que envolve ministérios, fundações de amparo à pesquisa, secretarias estaduais de ciência e tecnologia, a Confederação Nacional da Indústria, o Sebrae, o Confea, além das destacadas empresas parceiras já citadas.
Em nome da Diretoria Executiva e dos funcionários do Banco da Amazônia, expressamos gratidão a todos os parceiros desta iniciativa e esperamos, a cada momento, estar mais fortalecidos nas ações de desenvolvimento de nossa Amazônia.