Discurso – José Conrado Santos

José Conrado Santos

Presidente da Federação das Indústrias do Estado do Pará – FIEPA

Foto presidente da FIEPA

Presidente da FIEPA – José Conrado Santos

Boa noite a todos, sejam bem vindos a esta festa do conhecimento e da soberania da Amazônia, na qual tenho o privilégio de ser o anfitrião e presidente dos trabalhos.

Raras foram as vezes que conseguimos reunir, em torno de uma iniciativa, tantas autoridades como no caso da realização dos Prêmios Professor Samuel Benchimol e Banco da Amazônia de Empreendedorismo Consciente 2012.

Foi o tempo em que os estudos prospectivos traziam citações como a de Greg Grandin que  “A Amazônia é igual o ontem, o amanhã e o depois”. Indicadores recentes apontam que crescemos não só na diminuição da miséria, na educação, no número de escolas dos ensinos fundamental e médio, na criação de universidades, no surgimento e consolidação de iniciativas empresariais e de suporte energético, na cultura do empreendedorismo e da competitividade.

Como líder empresarial posso perceber melhoria significativa numa mão de obra mais capaz e competitiva, ao mesmo tempo em observo demandas de perfis profissionais especializados que se multiplicam e exigem-nos de todos nós empresários e representantes dos setores educacionais uma maior aproximação, destaco a importância do ENEM, do aperfeiçoamento no processo seletivo empresarial, e até dos concursos públicos onde focamos o mérito dos melhores.

Dentre os agraciados desta noite está o projeto Barco-Escola “Sumaúma” do SENAI, da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas. Na história destes prêmios é a primeira vez que uma iniciativa do Sistema Indústria ganha essa premiação que se insere dentre as categorias do Prêmio Banco da Amazônia e que inclui, de forma inteligente, a educação entre as premiações.

Samuel Benchimol desafiava seus alunos a serem Cobras ou Buiuçus, como fazem as Universidades Americanas com as suas láureas e premiações aos melhores. Desafiava-os a ganharem notas acima de 8 e os reconhecia com cartas e publicação dos seus nomes em seus livros, como parece no relatório dos Prêmios, edição 2012, que tenho a honra de apresentar como resultado do trabalho que conduzimos na FIEPA para a realização dos referidos prêmios.

Permitam-me agradecer a dedicação do amigo e companheiro que liderou os trabalhos das duas edições destes prêmios, realizados no Pará, Dr. Ivanildo Pontes ao qual se somaram, Roberto Leal, Rosilda …. e equipe do IEL liderada pelo companheiro Gualter Leitão e do Sebrae Pará, por Vilson Schuber.

Recebemos 208 propostas que foram submetidas a uma comissão julgadora presidida pelo Sr. Presidente do Banco da Amazônia, Dr. Abdias de Sousa Junior. Integraram a essa comissão 60 representantes, sendo que na composição da mesma tivemos o cuidado de garantir o equilíbrio de representatividade dos Estados Amazônicos. Dentre esses, destaco o Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Governo Federal, empresas, terceiro setor entre outros.

Não há como não falar nesta noite de Danilo Remor, que há oito anos faleceu a poucas horas da abertura dos trabalhos para a entrega do Prêmio Professor Samuel Benchimol. Foi um momento de luto numa festa cancelada com a dor de todos nós. Talvez por isso o empenho que tivemos neste ano, convidando os demais colegas das Federações das Indústrias da Região Norte para que aqui viessem comemorar a vida, as premiações dos que fazem a Amazônia ser diferente do “Ontem, do Amanhã e do Depois”.

Senhores Agraciados, abraço-os e desejo empenho para que os seus projetos sejam mais duradouros do que esta solenidade.

Cumprimento o ganhador na categoria personalidade deste ano, o grande pensador amazônico, Prof. Luiz Hildebrando Pereira da Silva a que a Amazônia e a ciência do país tanto devem.

Abraço as famílias de Danilo Remor, do Prof. Samuel Benchimol que neste ano registra 10 anos de sua partida. Que o seu paradigma do “economicamente viável, ecologicamente adequado, politicamente equilibrado e socialmente justo” continuem a nos nortear na preparação de nossos projetos.

O Pará e o seu desenvolvimento tem uma dívida maior com Samuel Benchimol, não só pelos ensinamentos e livros, mas, sobretudo, pela sua obstinação em criar em nosso estado, o Banpará, destacado no livro de Abraim Baze que está sendo lançado nesta noite e que tenho a honra e gratidão de prefaciar.

Minha participação ficaria incompleta se não falasse em Armando Dias Mendes, ganhador em edições passadas, na categoria Personalidade Amazônica e outros prêmios. Dentre estes, o do consenso entre todos nós da sua grandiosidade. Foi fundador do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos, Presidente do Banco da Amazônia e grande estimulador do Banco como incentivador ao Desenvolvimento Sustentável da Amazônia. O trabalho de Armando Mendes por si só justificaria esta festa de gratidão, mas, a ela queremos agregar os agraciados de 2004 e 2012 e sem dúvida alguma os aplausos a estes, mas, também a Danilo Remor, Samuel Benchimol, Armando Mendes e a todos que contribuem com seus saberes e conhecimentos para o desenvolvimento da Amazônia.

Obrigado a todos que aqui vieram para participar desta festa.